terça-feira, 20 de julho de 2010

Pré-sal, copa de 2014, olimpíadas de 2016: o futuro realmente chegou?

Desordem e progresso
O Brasil está garantindo uma posição de destaque no cenário sócio-econômico mundial. E, vem atraindo eventos importantes, como por exemplo, a copa de 2014 e olimpíadas de 2016. Para muitos progressistas, o futuro chegou. No entanto, existem alguns parâmetros que devem ser considerados: como o crescimento econômico concentrado na região sudeste do país, que acarreta no aumento das desigualdades socais.
Desde a origem do processo de industrialização, que se iniciou com o ciclo do café na região sudeste, os grandes investimentos no país foram feitos de forma concentrada. Esta concentração agravou-se ainda mais no governo de Juscelino Kubitschek, na década de 50, com a abertura do país ao capital internacional cujo presidente obteve a necessidade em investir em rodovias para aumentar a demanda na indústria automobilística agradando aos investidores estrangeiros, alimentando as disparidades regionais. De forma análoga, o mesmo aconteceu em 2010, com o petróleo do pré-sal na região litorânea, os royalites de sua exploração somente foram investidos em territórios do Rio de janeiro, São Paulo, Espírito Santo e Minas Gerais, ou seja, o Brasil cresceu, porém de forma desigual.
Isso contribui para as disparidades sociais e econômicas. Um exemplo, está na década de 70, período chamado de milagre brasileiro, o Brasil cresceu, aumentou suas riquezas, no entanto não houve uma distribuição de renda `as classes menos abastadas. O mesmo acontecerá, também, com os investimentos feitos pelo governo federal, que investirá diretamente bilhões de reais para melhorias em infraestrutura para receber eventos como a copa e as olimpíadas. E, deixará de lado a segurança e a geração momentânea de empregos, ou seja, pensa-se a longo prazo.
Sendo assim, O Brasil é um país no qual o futuro realmente não chegou, pois necessita investir em setores estratégicos como emprego, educação e saúde, portanto, analisar somente indicadores econômicos retrata uma falsa visão que o país está em progresso, mas na verdade esconde indicadores de um território atrasado.